sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Gerrah Tenfuss apresenta Abis/OM no Sesi de Birigui



O ator e performer Gerrah Tenfuss apresenta, neste dia 1º de outubro, o espetáculo Abis/OM, às 20 horas, no Sesi de Birigui. Abis/OM é uma metáfora do corpo morto desenvolvida no contexto pós-guerra, por Tatsumi Hijikata, e que volta à tona nos tempo atuais, em que a humanidade se vê novamente inserida no Abismo, seja ele psíquico, emocional, mental, filosófico, ou mitológico. Abis/OM é etimologicamente um termo de origem sânscrita que designa o homem enquanto seu próprio abismo. Não um lugar, mas um estado de crise.

O corpo em crise, decadente, fragmentado, fictício, que se transmuta entre o fogo do interior da Mãe Gaia para renascer como a Ave Fênix de Heliópolis (a mítica cidade do Sol).

O espetáculo é um trabalho solo que busca, por meio de uma linguagem simbólica, silenciosa e contemplativa, descrever as trajetórias de um ser - singular e plural - pelos labirintos e abismos da condição humana. É a história do mito homem que se levanta do lodo da terra passando por aspectos animalescos até chegar à condição humana. Nessa condição, se depara com as inúmeras teorias do intelecto atingindo um clímax que o faz retornar a sua origem adicionada a experiência do percurso.

Com um tempo dilatado as figuras se formam e desaparecem de maneira sutil e brusca. A inerência ou imanência da morte, ou o intervalo caracterizado pelo pós-vida aparecem como atmosfera. O clima caminha do denso ao abstrato, etéreo. A narrativa rompe por completo com a linha sintagmática, propondo imagens abstratas e com interpretação multifacetada.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

HOPE Ensina - Tem quem não gostou



A Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal pediu ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) a suspensão do campanha publicitária "Hope ensina", que traz a modelo Gisele Bündchen mostrando a "melhor maneira" de contar más notícias ao marido.

Para a secretaria, "a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas".


Fonte: Folha de S. Paulo

Região se une para protestar contra hidrelétrica na Cachoeira do Talhadão - Motociclistas presentes

 
Um ato ecumênico e suprapartidário será realizado neste sábado, 01/10, no distrito de Duplo Céu (município de Palestina), para protestar contra o projeto da empresa Encalso, que planeja construir duas pequenas usinas hidrelétricas no rio Turvo e na foz do rio Preto.

O ato está marcado para as 10 horas da manhã e terá, além do evento religioso ecumênico, concentração de motociclistas de toda a região, apresentação de violeiros e participação de deputados estaduais e federais eleitos pela região Noroeste de São Paulo.

O objetivo é impedir que a construção de duas centrais hidrelétricas, de pequena carga e baixa capacidade de produção, provoque um desastre ambiental de grandes proporções na região. Segundo ambientalistas, o projeto coloca em risco inúmeras espécies vegetais e animais, além de achados histórico existentes ao longo do rio Turvo, onde ainda serão feitas escavações arqueológicas para mapear a presença de jesuítas e dos primeiros colonizadores do sertão de São Paulo.

 
ÚLTIMA CACHOEIRA
A concentração dos manifestantes será na margem do rio Turvo, ao lado da Cachoeira do Talhadão, a última queda d´água importante da região Noroeste. As grandes cachoeiras como Urubupungá, Avanhandava, Itapura, Marimbondo, entre outras, foram submersas para a formação de lagos de grandes usinas hidrelétricas, que hoje fornecem energia para várias regiões brasileiras.

“Nossa região já deu sua contribuição para a geração de energia ao ceder terras férteis para formação dos grandes lagos. Agora é inconcebível destruir o que resta de beleza natural na região, colocar a fauna e a flora em risco, para gerar uma quantidade insignificante de energia, que poderia ser produzida pela queima de bagaço da cana, sem destruir a natureza”, protesta Gisele Paschoeto, da associação de amigos dos rios Turvo e Preto. Para ela, a mini-usina interessa apenas à Encalso.  

“As margens do rio Turvo guardam importantes achados arqueológicos que ainda não foram devidamente mapeados e catalogados. O relatório de impacto ambiental da Encalso, por incrível que pareça, não detectou esses achados, que são bem visíveis. Precisamos pressionar muito para que o governo paulista não ceda e dê a licença ao empreendimento, sob pena da ocorrência de danos ambientais  e históricos irreversíveis”, afirma o engenheiro Antonio Carlos Carvalho, que descobriu vestígios importantes da passagem de jesuítas e pioneiros pela região bem antes do que anotam nossos registros históricos oficiais.


CONVITE
Os organizadores do evento convidam a todas as pessoas preocupadas em defender o meio ambiente para se unam ao movimento em defesa do Talhadão e contra as duas pequenas hidrelétricas da Encalso.
Essa importante causa já conta com apoio da Diocese do Rio Preto, das igrejas evangélicas, dos deputados e do senador eleitos pela região, vereadores e lideranças comunitárias da região.

Para ter mais informações sobre o movimento, acesse o site: www.salveoturvo.com.br

COMO CHEGAR
Ir pela BR-153 sentido Minas, entrar no acesso a Palestina, passar pela cidade e seguir até o Distrito de Duplo Céu, que fica a cerca de 2 km do rio Turvo. Distância aproximada de Rio Preto ao Talhadão: 80 km.

MAIS INFORMAÇÕES:
Antonio Carlos Carvalho: 17 – 81331404  
Gisele Paschoeto:  17 – 3293.1191 – 915519759103.3947

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Morre Redson Pozzi, vocalista da banda Cólera



Morreu nesta quarta-feira, 28, Edson Pozzi, o Redson, guitarrista e cantor da banda de punk rock brasileira Cólera. O músico tinha 49 anos e tocava ativamente na banda. O motivo da morte não foi revelado. A banda Cólera surgiu em 1979 e em 2009 saíram em turnê comemorativa dos 30 anos de carreira.
 
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Missa protesta contra hidrelétricas da Encalso


Neste sábado, às 10 horas, na margem do rio Turvo, o bispo D. Paulo Mendes Peixoto realiza missa campal em defesa da cachoeira do Talhadão. Várias entidades, políticos, motociclistas e ambientalistas participarão do ato ecumênico contra a iniciativa do Grupo Encalso de construir hidrelétricas na bacia Turvo/Grande.



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

12º Moto Fest de Olímpia


Neste sábado (24/9) e domingo (25/9), acontece 0 12º Moto Fest de Olímpia. Evento terá com show com a Banda Jon Bon Jovi Cover. Área para whelling amador, show de whelling, zerinho, troféus, área de alimentação e muitas outras atrações.

Local: Recinto do FEFOL
De: 24 a 25 de setembro de 2011
Cidade: Olímpia


Harley-Davidson no Salão Duas Rodas 2011


A Harley-Davidson do Brasil participa oficialmente pela primeira vez do Salão Duas Rodas com a apresentação de oito motocicletas novas no mercado brasileiro que farão parte da linha 2012, feito inédito para a marca e que mostra a importância do Brasil nos planos de expansão internacional da Harley-Davidson. Entre as novidades estão a Dyna® Switchback e a V-Rod® 10th Anniversary. 
 
A Harley-Davidson Motor Company produz motocicletas Custom, Power Cruiser e Touring de alta cilindrada e oferece uma linha completa de peças, acessórios, equipamentos funcionais, vestuário e produtos de General Merchandise. Para informações adicionais, acesse o site da Harley-Davidson em www.harley-davidson.com.br.

Rio Preto

Vários grupos de motociclistas de Rio Preto programaram excursões para o Salão. O Blog estará presente e vai trazer todas as novidades para os leitores.


 

CNBB: Vencer a corrupção com mobilização social


O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília de 20 a 22 de setembro de 2011, manifesta sua solidariedade e apoio às últimas manifestações populares contra a corrupção e a impunidade, que corroem as instituições do Estado brasileiro.

A crescente interpelação da sociedade para melhor qualificar, social e eticamente, os seus representantes e outros poderes constituídos, se expressou como nova forma significativa do exercício da cidadania. Reveladora dessa consciência cidadã foi, além das atuais marchas contra corrupção, a mobilização durante a Semana da Pátria, que recolheu mais de 150 mil petições via internet em favor da campanha “Vamos salvar a Ficha Limpa”, fruto de ação popular que, neste mês completa um ano.

Atentos para que estas mobilizações se resguardem de qualquer moralismo estéril, incentivamos sua prática constante, com objetivos democráticos, a fim de que, fortificadas, exijam do Congresso Nacional uma autêntica Reforma Política, que assegure a institucionalidade do País.

O Estado brasileiro deve fazer uso dos instrumentos legais para identificar, coibir e punir os responsáveis por atos de corrupção. Sem comprometimento ético, no entanto, será impossível banir de nosso meio a longa e dolorosa tradição de apropriação do Estado, por parte de alguns, para enriquecimento de pessoas e empresas.

Neste sentido, insistimos nas propostas apresentadas, em nota conjunta da CNBB com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no dia da Pátria: “Para tornar vívido o sentimento de independência em cada brasileiro, devem os poderes eleger PRIORIDADES que reflitam a vontade da população, destacando-se: no Executivo, a necessidade de maior transparência nas despesas, a efetiva aplicação da lei que versa sobre esse tema, bem como a aplicação da “Lei da Ficha Limpa” aos candidatos a cargos comissionados, que também deveriam ser reduzidos.

No Legislativo, a extinção das emendas individuais ao Orçamento, a redução do número de cargos em comissão, o fim do voto secreto em todas as matérias e uma reforma política profunda, extirpando velhas práticas danosas ao aperfeiçoamento democrático.

No âmbito do Judiciário e do Ministério Público, agilidade nos julgamentos de processos e nos inquéritos relativos a crimes de corrupção e improbidade por constituírem sólida barreira à impunidade, bem como o imediato julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade sobre a Lei Complementar n. 135/2010 (Ficha Limpa)”.

Que o Espírito Santo ilumine todos os que, no exercício de sua cidadania, trabalham pela construção de um Brasil novo, justo, solidário e democrático.

Brasília-DF, 22 de setembro de 2011
P – Nº 0913/11

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB Ad hoc

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Por que os brasileiros não reagem?


Abaixo o artigo do jornalista Juan Arias, correspondente do jornal espanhol EL PAÍS, adotado como Manifesto pelos insurgentes das redes sociais no Brasil.
  

Por que os brasileiros não reagem?
 
Juan Arias *

O fato de que em apenas seis meses de governo a presidente Dilma Rousseff tenha tido que afastar dois ministros importantes, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (o da Casa Civil da Presidência, Antonio Palocci – uma espécie de primeiro-ministro – e o dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos caídos sob os escombros da corrupção política, tem feito sociólogos se perguntarem por que neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que “todos são ladrões” e que “ninguém vai para a prisão”, não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.

Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam? Não lhes importa que tantos políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público? É o que se perguntam não poucos analistas e blogueiros políticos.

Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes, manifestaram até agora a mínima reação ante a corrupção daqueles que os governam.

Curiosamente, a mais irritada diante do saque às arcas do Estado parece ser a presidente Rousseff, que tem mostrado publicamente seu desgosto pelo “descontrole” atual em áreas do seu governo e tirou literalmente – diz-se que a purga ainda não acabou – dois ministros-chave, com o agravante de que eram herdados do seu antecessor, o popular ex-presidente Lula, que teria pedido que os mantivesse no seu governo.

A imprensa brasileira sugere que Rousseff começou – e o preço que terá que pagar será elevado – a se desfazer de uma certa “herança maldita” de hábitos de corrupção que vêm do passado. E as pessoas das ruas, por que não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam as redes sociais?

O Brasil, que, motivado pela chamada marcha das Diretas Já (uma campanha política levada a cabo durante os anos 1984 e 1985, na qual se reivindicava o direito de eleger o presidente do país pelo voto direto), se lançou nas ruas contra a ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) a deixar a Presidência da República, por causa das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje está mudo ante a corrupção.

As únicas causas capazes de levar às ruas até dois milhões de pessoas são a dos homossexuais, a dos seguidores das igrejas evangélicas na celebração a Jesus e a dos que pedem a liberalização da maconha.

Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigir um Brasil não só mais rico a cada dia ou, pelo menos, menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até dez vezes mais que um professor e um deputado cem vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (300 euros) e um funcionário público com até 30 mil reais (13 mil euros).

O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás na desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde a mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas de cor é de até 20%, frente a 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais matam no mundo.

Há quem atribua a apatia dos jovens em ser protagonistas de uma renovação ética no país ao fato de que uma propaganda bem articulada os teria convencido de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, e o é em outros aspectos. E que a retirada da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes teria feito acreditar que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia equivale ainda hoje a um brasileiro rico.

Outros atribuem o fato à tese de que os brasileiros são gente pacífica, pouco dada aos protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou o pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar.

Tudo isso também é certo, mas não explica que num mundo globalizado – onde hoje se conhece instantaneamente tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estar degenerada – os brasileiros não lutem para que o país, além de enriquecer, seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.

Este Brasil, com o qual os honestos sonham deixar como herança a seus filhos e que – também é certo – é ainda um país onde sua gente não perdeu o gosto de desfrutar o que possui, seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder.

* Juan Arias é correspondente do jornal espanhol EL PAÍS no Brasil