quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Rio-pretense terá livro publicado pelo Ministério da Educação


Um dos mais disputados prêmios de literatura do país, porque promove a impressão de 300 mil exemplares dos livros vencedores, que são distribuídos para todas as bibliotecas públicas do país, foi anunciado neste dia 19/11, às 10h20, em Brasília, e um dos vencedores é o jornalista e publicitário rio-pretense Alaor Ignácio dos Santos Júnior (foto).
Participaram da disputa do 3º Prêmio Literatura para Todos, promovida pelo Ministério da Educação, 329 obras de todo o Brasil e dos cinco países africanos de língua portuguesa. Com o livro “Cascatinha e Inhana: a história e os trinados dos sabiás do sertão”, na categoria perfil biográfico, o autor rio-pretense conta a história da dupla de artistas populares que viveu no interior paulista, e que fez sucesso em todo o país nas décadas de 1950 e 1960.
A entrega do prêmio será no próximo dia 4 de dezembro, em Belém, durante a VI Conferência Internacional de Jovens e Adultos (Confintea).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Por que Dilma será a nova presidente


Carlos Pio

Daqui a exatos 12 meses os brasileiros vão escolher o seu novo presidente. Poucos analistas parecem ter dúvidas de que teremos segundo turno e de que este será disputado pela candidata do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff, e por um dos candidatos do principal partido da oposição, provavelmente o governador José Serra. Mas quase ninguém arrisca um prognóstico sobre o pleito, cautela essa provocada pelo que parece ser uma disputa apertada entre dois candidatos "sem graça", tecnocratas de cabeça e coração. Eu vou arriscar: Dilma ganha de Serra (ou Aécio Neves) no segundo turno, com folgada margem. Vou explicar por quê.

Para começo de conversa, é fundamental enfatizar como o processo de seleção dos candidatos presidenciais afeta o desenlace da campanha. No nosso caso, demonstra o quanto a democracia brasileira ainda é dominada por indivíduos que estão no topo das organizações partidárias (e não por regras institucionalizadas). Em si mesmo, esse fato limita um verdadeiro debate de ideias sobre os problemas nacionais e sobre as diferentes alternativas existentes para resolvê-los. Dilma foi escolhida por uma única pessoa - o presidente Lula -, possivelmente após ouvir a opinião de alguns de seus conselheiros mais próximos. Serra será (ou não!) candidato a partir de uma decisão individual sua, à qual os dois partidos que o apoiam (PSDB e DEM) acederão sem maiores questionamentos. Se ele preferir não se candidatar a presidente, como em 2006, Aécio assumirá o posto também por decisão individual - mesmo que sob forte pressão dos aliados. Nesse processo terão sido ouvidas, talvez, quatro ou cinco outras pessoas. Ciro Gomes e Marina Silva se autodeclararam candidatos e suas legendas aceitaram - esta última tendo, por sinal, saído do PT com esse propósito.

Em suma, em todos os "partidos" a escolha do candidato a presidente se dará de forma não institucionalizada e, por conseguinte, sem debate público sobre as diferenças entre os eventuais postulantes no que diz respeito aos diagnósticos de nossos principais problemas e ao conteúdo das soluções que virão a propor. O eleitor também não saberá de antemão a diferença entre os candidatos no que concerne à governabilidade - isto é, como o eleito articulará sua base de apoio congressual e seu Ministério para viabilizar as ações do governo. Assim, a decisão do eleitor será tomada sob forte névoa de incerteza.

Sem debate público interno aos partidos, sem processo institucionalizado de escolha dos seus respectivos candidatos e sem um mínimo de clareza sobre a montagem futura das alianças políticas necessárias para governar, as eleições tendem a assumir um caráter ainda mais plebiscitário do que normalmente ocorre em regimes presidencialistas. Plebiscitário aqui assume o sentido de julgamento dos méritos do atual governo, desconsiderando a oposição. Destituí-lo, pela rejeição à candidata do presidente, representa incorrer em grau ainda mais acentuado de incerteza e insegurança para todo eleitor que tem algo de substancial a perder com a vitória da oposição - uma Bolsa-Família, uma tarifa de importação elevada, um subsídio tributário, uma vaga em universidade federal ou bolsa do governo federal, um emprego em empresa estatal ou de capital misto.

Um plebiscito sobre a renovação do mandato do grupo político do presidente será decidido em função do apoio do eleitor mediano (aquele que separa a distribuição dos votos de todo o eleitorado entre 50% + 1 e 50% - 1) à seguinte questão: "Você concorda que as coisas estão claramente melhores hoje do que no passado recente?" Esse foi o sentimento que marcou claramente as eleições de 1994, 1998 e 2006, todas vencidas pelos governos da ocasião. E parece-me razoável supor que tal sentimento é característico de períodos em que 1) a inflação está sob controle, 2) o governo tem capacidade de manejar os instrumentos de política necessários para dar um mínimo de segurança e estabilidade diante de um contexto externo instável e ameaçador, 3) há perspectiva de crescimento econômico e de queda do desemprego, 4) o gasto público e as políticas sociais focalizadas nos mais pobres estão em expansão. É isso o que vivemos hoje, não?

Pois bem, em tal conjuntura tão favorável ao governo o melhor que a oposição oferece é dar seguimento às políticas correntes e prometer mais eficiência administrativa e menos corrupção! É pouco, muito pouco! A oposição precisa ter propostas novas e capacidade para convencer o eleitorado de que elas são necessárias, viáveis e urgentes. Mas como fazer isso sem debate intrapartidário aberto e institucionalizado, assentado na diferença de diagnósticos e soluções? E como "testar", antes do pleito, o potencial eleitoral das ideias e os riscos embutidos nas novidades sem realizar prévias?

Afinal, alguém aí sabe o que Serra e Aécio pensam sobre os problemas nacionais? Alguém acha que algum deles ousaria propor mudança de rumos em relação ao que Lula vem fazendo? O que eles farão em relação a Bolsa-Família, câmbio com viés de apreciação, Mercosul paralisado, protecionismo comercial excessivo, política industrial e tecnológica concentradora de renda, educação de mal a pior, malha de transportes precária, regulação arcaica do setor de energia, infraestrutura em frangalhos e política externa terceiro-mundista? Algum deles propõe privatizar o que ainda está nas mãos do governo federal? Algum deles propõe que o Mercosul feche um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos ou a China, como fizeram México e Chile?

Sem que as diferenças sejam explicitadas o eleitor mediano não aceitará correr o risco de votar na oposição.

E o tempo para esse debate já terminou!

Carlos Pio, professor de Economia Política Internacional da Universidade de Brasília (licenciado), é pesquisador visitante da Universidade de Oxford, Inglaterra. E-mail: crpio@unb.br

Fonte: O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

FHC pega pesado com o governo Lula


Para onde vamos?

Fernando Henrique Cardoso

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio “talvez” porque alguns estão de tal modo inebriados com “o maior espetáculo da terra”, de riqueza fácil que beneficia a poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos
arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advenha do nosso Príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o País, devagarzinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade, que pouco tem a ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de “pequenos assassinatos”. Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira “nacionalista”, pois se o sistema atual, de concessões, fosse “entreguista” deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou?
Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental em uma companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do “autoritarismo popular” vai minando o espírito da democracia constitucional. Essa supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os “projetos de impacto” (alguns dos quais viraram “esqueletos”, quer dizer, obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Em pauta temos a Transnordestina, o Trem Bala, a Norte-Sul, a Transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no orçamento e minguam pela falta de competência operacional ou por desvios
barrados pelo TCU. Não importa: no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: “minha casa, minha vida”; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo “Brasil-potência”. Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU – contra a letra expressa da Constituição – vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o Presidente já declarou que, em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças), ele resolve sozinho. Pena que tivesse
se esquecido de acrescentar “l’État c’est moi”. Mas não se esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender “nosso pré-sal”. Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos alto-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os Presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar
as eleições sobrará um sub-peronismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são “estrelas novas”. Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória, e nossos vorazes, mas ingênuos, capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.


Ora, dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso, os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil, os fundos de pensão não são apenas acionistas – com a liberdade de vender e comprar em bolsas –, mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou “privatizadas”. Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o sub-peronismo lulista se
sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo dar um basta ao continuísmo antes que seja tarde.


Fonte: O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ex-BBB é atração nos 11 anos da Boate Mixed Club


Priscila Pires fez a alegria dos homens em uma festa na boate Mixed Club, em São José do Rio Preto, neste sábado (31). A ex-BBB foi a atração do evento. A ex-BBB Priscila postou uma foto rodeada de homens sarados sem camisa em seu blog oficial (foto acima). É que a morena foi a atração da festa de 11 anos da boate e quis posar com os go-go boys da casa noturna. Quem quiser ver mais detalhes da festa clique http://pripires.blogspot.com .

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sesi inaugura teatro para 400 pessoas


Entidade investe cerca de R$ 6 milhões na construção de espaço com capacidade para 400 lugares

Por Evelyne Lorenzetti

Nesta sexta-feira (6/11), às 19h, o presidente do Sesi-SP, Paulo Skaf, acompanhado do secretário de Gestão, Modernização e Desburocratização da Prefeitura de São Paulo, Rodrigo Garcia, inaugurará o Teatro Waldemar de Oliveira Verdi, em São José do Rio Preto, durante cerimônia marcada por show especial do cantor, compositor e violonista Toquinho (foto acima).

Com investimentos de R$ 6 milhões e capacidade para receber 400 pessoas – sendo oito lugares projetados para portadores de necessidades especiais –, o novo teatro é dotado de sistemas de sonorização, acústica e iluminação sofisticados, com possibilidade de diversificação de uso voltado para todas as exigências da cena teatral e musical contemporânea. O espaço vai abrigar um Núcleo de Artes Cênicas (NAC), serviço do Sesi-SP que neste ano comemora 22 anos de existência no Estado.

A equipe do NAC é composta por um orientador de artes cênicas e um operador de luz e som, que responderão diretamente pelas atividades realizadas no teatro: a programação cultural gratuita e a realização de cursos de iniciação teatral para crianças, jovens e adultos, beneficiários da indústria ou membros da comunidade em geral. Além disso, o teatro receberá programação de diferentes linguagens artísticas, trazendo para a região o trabalho de formação de plateias desenvolvido pelo Sesi-SP em várias cidades do Estado.

Estão previstos concertos musicais eruditos e shows de música popular brasileira, com artistas e grupos nacionais e internacionais, sessões de cinema abordando as diversas cinematografias, exposições de esculturas, gravuras e desenhos, além de espetáculos cênicos para público de todas as idades com importantes e reconhecidas companhias e artistas da dança, teatro adulto, teatro de bonecos e teatro infantil.

Para comemorar a inauguração, o Sesi-SP realizará programação especial com apresentações de música e artes cênicas. De 7 de novembro a 13 de dezembro, 10 espetáculos teatrais e 13 atrações musicais sobem ao palco para exibições gratuitas.

Serviço
Inauguração do Teatro do Sesi-SP em São José do Rio Preto
Local: Sesi São José do Rio Preto
Endereço: Av. Duque de Caxias, 4656, Vila Elvira
Data e horário: dia 6 de novembro (sexta-feira), às 19h – fechado para convidados
Capacidade: 388 lugares (sendo oito para portadores de necessidades especiais)
Informações: tel. (17) 3224-6611 (17) 3224-6611