O doutor Nelson Seixas sempre foi uma pessoa honrada. Um político exemplar, ligado às causas humanistas. Foi um grande parceiro na época em que fui secretário de Cultura de Rio Preto. Não perdia um evento. Era um assíduo espectador. Estava sempre estimulando os novos talentos e aplaudindo os consagrados.
Quando assumi a Secretaria de Cultura de Rio Preto, a cidade não tinha nenhum programa de fomento à produção cultural local. Criamos, em 2003, o Prêmio Estímulo, com o objetivo de valorizar nossos artistas e viabilizar seus projetos. O nome de Nelson Seixas surgiu naturalmente para batizá-lo. Levei até o prefeito Edinho Araújo a sugestão, que de pronto aprovou. Uma homenagem mais que justa. Desde a sua criação, o prêmio, transformado em lei municipal, viabilizou 140 projetos, com mais de R$ 1 milhão de investimento.
Em dezembro, estive na casa do doutor Nelson Seixas, levando um convite para a estreia do espetáculo O que Fazer com o que Kafka fez com a Gente, do meu filho Gerrah Tenfuss. Mesmo debilitado, lá estava ele na estreia de mais uma peça rio-pretense. Generoso, sempre tinha uma palavra carinhosa para o artista. A notícia de sua morte entristeceu a todos de nossa casa. São José do Rio Preto perde um de seus filhos mais ilustres. Já estamos sentido sua falta.