terça-feira, 24 de julho de 2012

Candidato a prefeito de Rio Preto - Mauricio Bellodi

Dados pessoais
Nome completo
Mauricio Bellodi
 
Data de nascimento
17 de julho de 1967 (45 anos)
 
Estado civil
Casado
 
Nacionalidade
Brasileira Nata
 
Naturalidade
Jaboticabal (SP)
 
Grau de instrução
Superior Completo
 
Ocupação
Empresário

 

Dados eleitorais

Cargo a que concorre
Prefeito
 
Município onde concorre
São José do Rio Preto (SP)
 
Nome para urna eletrônica
Mauricio Bellodi
 
Número
43
 
Partido
PV - Partido Verde (43)
 
Coligação
CIDADE MELHOR
 
Composição da coligação
 
Limite de gastos de campanha
R$ 4,000,000.00
 
Declaração de bens
Descrição do bemTipo do bemValor
Terreno No Município De MendonçaTerrenoR$ 42,000.00
Sala Comercial Em S.J. Rio PretoSala Ou ConjuntoR$ 166,569.04
Fazenda Em Ribas Do Rio Pardo-MsOutros Bens ImóveisR$ 979,710.97
Veículo Kia SorentoVeículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto, Etc.R$ 119,900.00
Veículo SpacefoxVeículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto, Etc.R$ 51,430.00
10.000 Quotas Da Empresa Oito TelecomunicaçõesQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 10,000.00
240.000 Quotas Da Empresa Recanto Do SolQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 240,000.00
4535 Quotas Da Empresa Loteamento Jardim Dos JatobásQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 45,350.00
60.000 Quotas Da Empresa Oito Telefonia MóvelQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 60,000.00
624.137 Quotas Do Fundo De Investimento 3MthorQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 15,046,780.62
Crédito Junto À Empresa Oito Telefonia MóvelCrédito Decorrente De EmpréstimoR$ 247,475.88
Valor totalR$ 17,009,216.51

Candidato a prefeito de Rio Preto - João Paulo Rillo

Dados pessoais
Nome completo
João Paulo Rillo
Data de nascimento
1 de janeiro de 1977 (35 anos)
Estado civil
Divorciado
Nacionalidade
Brasileira Nata
 
Naturalidade
São José Do Rio Preto (SP)
 
Grau de instrução
Superior Completo
 
Ocupação
Deputado Estadual

 

Dados eleitorais

Cargo a que concorre
Prefeito
 
Município onde concorre
São José do Rio Preto (SP)
 
Nome para urna eletrônica
João Paulo Rillo
 
Número
13
 
Partido
PT - Partido Dos Trabalhadores (13)
 
Coligação
JUNTOS POR RIO PRETO
 
Composição da coligação
Limite de gastos de campanha
R$ 3,000,000.00
 

Declaração de bens

Descrição do bemTipo do bemValor
Apartamento Residencial - São José Do Rio Preto - Sp.ApartamentoR$ 64,279.23
1/3 De Imovel Residencial Em São José Do Rio Preto - Sp.CasaR$ 34,557.66
1/3 Parte Do Terreno No Loteamento Estância Do Pica-Pau-Amarelo, Em São José Do Rio Preto - Sp.TerrenoR$ 143,333.33
3/40 Parte De Terreno Em São José Do Rio Preto - Sp.TerrenoR$ 26,250.00
Parte De Terreno No Loteamento Estâncias Do Pica-Pau-Amarelo, Em São José Do Rio Preto - Sp.TerrenoR$ 8,500.00
Caixa Economica Federal - Aplicações De Renda Fixa Cdb - Rdb - São José Do Rio Preto - Sp. (Saldo Em 04/07/2012).Aplicação De Renda Fixa (Cdb, Rdb E Outros)R$ 1,805.67
Banco Bradesco - Conta Corrente - Sp. (Saldo Em 04/07/2012).Depósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 23,020.07
Caixa Economica Federal - Conta Corrente. (Saldo Em 04/07/2012).Depósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 21.90
Saldo Banco Do Brasil - Conta Corrente E Vgbl - Assembleia. (Saldo Em 04/07/2012).Vgbl - Vida Gerador De Benefício LivreR$ 985.31
Saldo Banco Do Brasil Conta Corrente - Vgbl - São José Do Rio Preto - Sp.Vgbl - Vida Gerador De Benefício LivreR$ 1,846.08
Valor totalR$ 304,599.25

Candidato a prefeito de Rio Preto - Marcelo Henrique

Dados pessoais
Nome completo
Marcelo Henrique
 
Data de nascimento
25 de fevereiro de 1971 (41 anos)
 
Estado civil
Casado
 
Nacionalidade
Brasileira Nata
 
Naturalidade
Macaubal (SP)
 
Grau de instrução
Superior Completo
 
Ocupação
Advogado

 

Dados eleitorais

Cargo a que concorre
Prefeito
 
Município onde concorre
São José do Rio Preto (SP)
 
Nome para urna eletrônica
Marcelo Henrique
 
Número
50
 
Partido
PSOL - Partido Socialismo E Liberdade (50)
 
Coligação
RIO PRETO PARA OS(AS) TRABALHADORES(AS).
 
Composição da coligação
 
Limite de gastos de campanha
R$ 150,000.00
 

Declaração de bens

Descrição do bemTipo do bemValor
Casa Ana CeliaCasaR$ 15,000.00
Casa AnchietaCasaR$ 13,476.00
Casa Damha IiiCasaR$ 350,000.00
Casa Jardim MugnaniCasaR$ 19,000.00
Casa Jardim TangaráCasaR$ 8,000.00
Casa Jardim VienaCasaR$ 8,000.00
Casa Vila GoyosCasaR$ 300,000.00
Casa Vitoria RegiaCasaR$ 38,720.00
Terreno 5ª Do GolfeTerrenoR$ 200,000.00
Terreno São FranciscoTerrenoR$ 7,000.00
Carro CorollaVeículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto, Etc.R$ 68,000.00
99% Da Empresa Marcelo Henrique Sociedade De AdvogadosQuotas Ou Quinhões De CapitalR$ 4,950.00
Conta PoupançaCaderneta De PoupançaR$ 41,580.00
Conta CorrenteDepósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 40,382.00
Em EspecieDinheiro Em Espécie - Moeda NacionalR$ 60,000.00
Valor totalR$ 1,174,108.00

Candidato a Prefeito de Rio Preto - Manoel Antunes

Dados pessoais
Nome completo
Manoel Antunes
 
Data de nascimento
1 de março de 1934 (78 anos)
 
Estado civil
Casado
 
Nacionalidade
Brasileira Nata
 
Naturalidade
São José Do Rio Preto (SP)
 
Grau de instrução
Superior Completo
 
Ocupação
Servidor Público Civil Aposentado
 

Dados eleitorais

Cargo a que concorre
Prefeito
 
Município onde concorre
São José do Rio Preto (SP)
 
Nome para urna eletrônica
Manoel Antunes
 
Número
12
 
Partido
PDT - Partido Democrático Trabalhista (12)
 
Coligação
CONSTRUINDO UMA RIO PRETO MELHOR
 
Composição da coligação
                   PDT
         PRB
 
Limite de gastos de campanha
R$ 950,000.00
 
 
Declaração de bens
Descrição do bemTipo do bemValor
Uma Casa Situada A Rua Consolação, 1774, No Bairro Boa Vista Em São José Do Rio Preto - SpCasaR$ 50,000.00
Uma Casa Situada A Rua Floriano Peixoto, 392 - No Bairro Boa Vista Em São José Do Rio Preto - Sp.CasaR$ 45,000.00
Um Salão Comercial Sito A Rua Campos Sales, 1030 E 1032Outros Bens ImóveisR$ 60,000.00
Uma Chácara Medindo 4 Alqueires E 2.200 Metros No Bairro São PedroOutros Bens ImóveisR$ 90,000.00
Um Automóvel Vw/Apolo 1991Veículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto, Etc.R$ 3,000.00
Um Veículo Renault/Logan Pri 16 V 2008Veículo Automotor Terrestre: Caminhão, Automóvel, Moto, Etc.R$ 40,746.80
Poupança Caixa Economica FederalCaderneta De PoupançaR$ 35,495.98
Banco Do BrasilAplicação De Renda Fixa (Cdb, Rdb E Outros)R$ 60,500.00
Banco Do Brasil Stilo S/A.Aplicação De Renda Fixa (Cdb, Rdb E Outros)R$ 181,958.02
Conta Corrente No Banco Do Brasil.Depósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 488.27
Caixa PrevidenciaOutros FundosR$ 45,537.74
Cotele Norte Leste Participações S/A 374-Preferenciais 460 Nominais Dividendo A Apartir De 1996 0,67 Reais E Juros Sobre O Capital (Direito) De Crédito).Outros FundosR$ 834.00
Valor totalR$ 613,560.81

Candidato a prefeito de Rio Preto - Valdomiro Lopes

Dados pessoais
Nome completo
          Valdomiro Lopes Da Silva Junior
 
Data de nascimento
20 de agosto de 1954 (57 anos)
 
Estado civil
Casado
 
Nacionalidade
Brasileira Nata
Naturalidade
São José Do Rio Preto (SP)
 
Grau de instrução
Superior Completo
 
Ocupação
Médico

 

Dados eleitorais

Cargo a que concorre
Prefeito
 
Município onde concorre
São José do Rio Preto (SP)
 
Nome para urna eletrônica
Valdomiro Lopes
 
Número
40
 
Partido
PSB - Partido Socialista Brasileiro (40)
 
Coligação
UNIDOS POR RIO PRETO
 
Composição da coligação
 
Limite de gastos de campanha
R$ 6,900,000.00
 

Declaração de bens

Descrição do bemTipo do bemValor
Casa ResidencialCasaR$ 493,330.89
1/6 Terreno Em Piracicaba Herdado Pelo ConjugeTerrenoR$ 886.40
Terreno 1/6 Em Piracicaba Herdado Pelo ConjugeTerrenoR$ 886.40
Terreno Em IbiráTerrenoR$ 346.99
AçõesAções (Inclusive As Provenientes De Linha Telefônica)R$ 3,615.29
Participação Acionaria Do Declarante/Conjuge E Filhos E Empresa AgropecuariaAções (Inclusive As Provenientes De Linha Telefônica)R$ 1,744,000.00
A.F.A.C Em Empresa Agropecuária Em Nome Do Declarante E Do ConjugeOutras Participações SocietáriasR$ 1,621,067.41
Participações Societárias Em Nome Do Declarante E Do ConjugeOutras Participações SocietáriasR$ 19,376.77
Poupança Do Declarante E ConjugeCaderneta De PoupançaR$ 8,361.56
Renda FixaAplicação De Renda Fixa (Cdb, Rdb E Outros)R$ 977.49
Renda Fixa - ConjugeAplicação De Renda Fixa (Cdb, Rdb E Outros)R$ 173,887.64
Empresa Agropecuaria Controlada Pelo Declarante E FamiliaCrédito Decorrente De EmpréstimoR$ 2,480.97
Depositos BancariosDepósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 555.51
Depositos Bancarios ConjugeDepósito Bancário Em Conta Corrente No PaísR$ 33,016.82
Fundo De InvestimentoFundo De Investimento Financeiro - FifR$ 1,095.22
Fundo De Investimento - ConjugeFundo De Investimento Financeiro - FifR$ 221,546.22
Fundo De AçõesFundo De Ações, Inclusive Carteira Livre E Fundo De Investimento No ExteriorR$ 48,585.41
Fundo De Ações ConjugeFundo De Ações, Inclusive Carteira Livre E Fundo De Investimento No ExteriorR$ 310,634.45
Titulos De ClubesTítulo De Clube E AssemelhadoR$ 1,804.33
Vgbl Em Nome Do ConjugeVgbl - Vida Gerador De Benefício LivreR$ 94,525.00
Valor totalR$ 4,780,980.77

sexta-feira, 20 de julho de 2012

7º aniversário do B.O.


FINLANDIA - 2012 DALE!

Finlandia traz som instrumental para o SESC Rio Preto

O Finlandia, um duo formado pelo brasileiro Rapha Evangelista e pelo argentino Mauri Candussi  apresenta-se, na próxima quarta-feira (25/7), no SESC Rio Preto, às 21h30. Depois de um tour pela Europa, América Central e América do Sul eles estão de volta ao Brasil e dão um pula em Rio Preto para divulgar músicas do novo disco, que sairá em outubro. 

Neste ano, o duo recebeu o prêmio de melhor grupo instrumental, no Prêmio Hangar de Música, em Natal (RN), e o próximo tour internacional pela Europa já tem datas agendadas para 2013.

No início de 2010, quando o Finlandia iniciou suas atividades, nem mesmo Raphael Evangelista (violoncelo) e Maurício Candussi (piano, acordeão e programações) imaginavam que em menos de três anos seu projeto musical iria tão longe. Já são dois CDs e um EP lançados, o terceiro álbum cheio já está em produção e conta com participações especiais de artistas do Brasil, como a cantora Fernanda Porto, além de músicos da Argentina, Rússia, Alemanha, Finlândia, El Salvador, EUA e Japão. 

Ao longo desses dois anos já somam shows por mais de 20 países, entre eles Portugal, Itália, Alemanha, Andorra, Finlandia, Chile, Bolívia, El Salvador, Guatemala e, obviamente, Brasil e Argentina.

Raphael é brasileiro, Mauricio é argentino. Conheceram-se nos bastidores dos shows de suas bandas anteriores, mas também se encontraram na vontade de pesquisar as tradições musicais de seus países, mesclá-las e fazer um mix com sonoridades contemporâneas. Do lado brasileiro entraram o samba, o baião, o frevo, a bossa nova. Da argentina a cúmbia, a milonga, o tango. Dos passeios que fizeram pelos demais países da América Latina incorporaram outros ritmos, como o huayno, a saya, entre tantos outros. Além de samplers de instrumentos típicos de cada país.

Por onde passam o público se entrega à batida que pede para o corpo se movimentar. Mesmo de forma tímida a audiência se mexe, nem que seja marcando o tempo com o pé. Essa história vai passar por São José do Rio Preto no dia 25 de julho, quarta-feira, na lanchonete do SESC Rio Preto. No repertório estão músicas dos trabalhos anteriores e obras inéditas que estarão em “Dale!”, o próximo cd da dupla.

Serviço:
Duo Finlandia
Quarta-feira, 25 de julho, às 21h30
SESC Rio Preto - Lanchonete
Avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1333 – Chácara Municipal
Entrada gratuita
Recomendado para maiores de 16 anos
Info:  17 3216-9300

terça-feira, 3 de julho de 2012

Geraldo Hasse, jornalista como não se faz mais


Com Geraldo Hasse, em Floripa

Geraldo Hasse

Lourenço Cazarré
Especial para o Amigos de Pelotas

Geraldo Hasse, jornalista formado na UCPel em 1968. Com uma trajetória profissional marcada por passagens pelos mais importantes veículos de comunicação do país (revistas Veja, Exame e Placar; jornais Folha de S. Paulo e Gazeta Mercantil), e autor de treze livros-reportagem relevantes, Geraldo Hasse é um dos mais destacados jornalistas brasileiros. Em 1993, foi diretor de redação do Diário da Região em Rio Preto. Além de excelente profissional, um grande amigo e mestre. Abaixo, trechos da entrevista concedida ao site Amigos de Pelotas. 

Quando e em que circunstâncias você chegou a Pelotas?
Passei a infância em Cachoeira do Sul, onde nasci. Saí de lá em dezembro de 1961, aos 15 anos incompletos. Meu pai, querendo voltar para sua terra natal, comprou uma casa nas Terras Altas, onde nos instalamos - minha mãe, eu e um irmão. Meu pai e outros dois irmãos ficaram em Cachoeira para fazer a última colheita (de arroz). Ele plantava em terras alheias, foi mal e o plano de mudança furou. Minha mãe voltou para Cachoeira, a terra natal dela. Eu fiquei em Pelotas, onde tinha uma pá de parentes pelo lado do pai.

Era conhecida como Pensão da JUC, mas não tinha nada a ver com o catolicismo ou o cristianismo. No alto de uma parede interna estava escrito em letras de imprensa: DEUS É UM MITO SUBLIME

Estudou em que colégio?
Gonzaga de 62 a 65. Um ano (64) como interno. Depois fui morar numa república na rua Senador Mendonça, 10. Era um velho sobrado com seis quartos e 13 camas, todas ocupadas por estudantes de agronomia, menos eu. Era conhecida como Pensão da JUC, mas não tinha nada a ver com o catolicismo ou o cristianismo. No alto de uma parede interna estava escrito em letras de imprensa: DEUS É UM MITO SUBLIME.

Como foi sua carreira no futebol amador?
Logo que cheguei às Três Vendas, no verão de 1961/62, descobri um campo de futebol no fundão da Vila Brod. Várzea pura. O time do bairro vestia camiseta quadriculada em preto e branco. Era o Esporte Clube Camponês, fundado em 1911. Fiquei fascinado pelo nome e pela camiseta xadrez. Logo comecei a participar dos rachas e fui cavando um lugar no time. Em 67 o Camponês foi o campeão amador da cidade. O time titular era Newton Peter no arco, Odair Peter na lateral direita, Plínio Hoffmann na zaga direita, Sander na zaga esquerda e Lourenço na outra lateral; o meio de campo era formado por Nego Coco, Rabaça e este que vos fala; no ataque eram o Souza, que tinha sido profissional no Bancário, o Paulo (irmão do Lourenço) e o Pancho, que todos diziam ter qualidades para ser profissional. Fomos campeões invictos. A sede do time era no bar dos irmãos Aldo e Silvio Brod (que era o técnico do time), num casarão antigo da avenida Fernando Osório. Depois disso, o Camponês foi participar do campeonato colonial, onde muitos atletas jogavam por dinheiro. Nessa época destacou-se no Camponês o Lopes, um meio-campista que acabou sendo contratado pelo Pelotas. Eu treinei no Pelotas e no Farroupilha, mas não tinha futebol para ser profissional.

Por que você resolveu estudar jornalismo?
Era o único curso noturno que me interessava, até porque durante o dia eu já trabalhava em rádio.

E você trabalhou em jornal em Pelotas?
Durante pouco mais de um ano, no final do curso, trabalhei no Diário Popular como redator. Só fazia reportagem como voluntário. Pouca coisa. O jornal havia contratado o serviço das agências France Presse e JB. O noticiário internacional vinha em espanhol. Eu verti para o português todo o noticiário sobre as revoltas estudantis de maio de 1968, a resistência vietnamita ao massacre americano e a invasão da Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos. Estava na boca do teletipo quando saiu a notícia de que o governo brasileiro havia decretado o AI-5 em 13 de dezembro de 1968.


E por que você foi embora de Pelotas?
Eu queria aprender, trabalhar numa revista como a Veja, que havia sido lançada em setembro de 68. Nós do jornalismo da UCPel tínhamos um colega na Veja. Ele havia abandonado o curso para participar da primeira equipe da revista.

Quem foi esse cara?
Laerth Pedrosa Jr. Foi o maior talento do jornalismo da UCPel naqueles primeiros tempos. Era formado em artes e escrevia bem pra cacete. Tanto que acabou saindo do jornalismo pra trabalhar como redator de publicidade, primeiro em São Paulo, depois no Rio e até em Londres.

Então foi ele que te colocou na Veja?
Diretamente não porque quando cheguei a São Paulo ele já tinha deixado a redação da Veja, que estava até demitindo gente já que no começo a revista não emplacou. Mas indiretamente ele ajudou porque me apresentou para vários caras que permaneciam na revista. Um deles, Elmar Bones da Costa, me convidou pra cobrir as férias dele na sucursal de Curitiba.

Não foste contratado?
Entrei como substituto temporário de um funcionário que estava saindo de férias. Sem carteira assinada nem qualquer garantia. Foi um arreglo de amigo.

E tu conhecias Curitiba?
Só de ouvir falar.

E antes de entrar na Veja onde trabalhavas em São Paulo?
No Popular da Tarde, um vespertino. Me mandei de Pelotas em abril de 1969. O professor Pinho dizia que tínhamos de ir embora pra aprender de fato. No dia em que cheguei a São Paulo, fui meio automaticamente à redação do Diário Popular local e entreguei um filme com fotos de um congestionamento de cinco quilômetros na BR-116, entre Curitiba e São Paulo. Era uma sexta à tarde. Eu fora testemunha e vítima do acidente, pois estava no ônibus que ficou retido várias horas pelo desmoronamento da estrada. Na segunda-feira, fui ao jornal ver se tinham aproveitado meu filme. Uma foto tinha saído na capa da edição dominical. Na primeira dobra!

Estavam mal de foto...
Muito mal. Mas deu resultado: me ofereceram um emprego de copidesque no vespertino Popular da Tarde, o filhote da empresa. Fiquei lá três meses, até ser convidado a cobrir as férias do correspondente da Veja em Curitiba.

Você largou um emprego de jornal para cobrir férias na revista?
Sim, porque era na revista que eu queria trabalhar. E o salário no jornal era baixo. Eu não via futuro ali. Depois de cobrir as férias na Veja, fiquei em Curitiba como free-lancer de outras revistas da Abril. No Popular da Tarde fui demitido por abandono do emprego. Um ano depois, quando o Elmar Bones foi transferido para a redação central, fiquei no lugar dele. Mais um ano depois, fui convidado pra trabalhar na redação paulistana. Só então assinaram minha carteira.

Você foi repórter de economia & negócios na época do milagre?
Sim, mas sempre torci pelas bases.


Por que você trocou a Veja pela revista Exame?
Na Veja eu tinha virado editor-hemorróida, como dizia Helio Teixeira, da sucursal de Curitiba. Era dos caras que ficavam na redação, bolavam as pautas, botavam o reportariado para trabalhar e depois eram obrigados a manipular as matérias. Eu queria trabalhar na reportagem. A Exame me deu essa chance. O cargo era de editor, mas ali eu era um repórter especial. Uma matéria agrícola que escrevi em 1979 foi premiada com o Esso de Reportagem Econômica. Dividi o prêmio com mais 12 pessoas. O que prova que jornalismo é essencialmente um trabalho de equipe.

E a imprensa nanica?
Tanto na Veja como na Exame, eu não podia publicar tudo que apurava e sabia. A saída era desovar as informações na imprensa alternativa. Eu ajudei o Coojornal. Vendia assinaturas em São Paulo, coordenava free-lancers, escrevia matérias, fazia fotos.

Depois você foi para o interior do Estado de São Paulo.
Durante a maior parte do tempo em que morei em São Paulo, eu frequentava bairros que pareciam boas cidades do interior. E sempre que podia ia fazer matérias em cidades do interior. No fundo queria voltar pra Pelotas. Meu sonho era dirigir o Diário Popular. No início da década de 80, fui convidado a trabalhar como assessor de comunicação social de uma grande empresa da região de Ribeirão Preto. Topei porque estava saturado de São Paulo.

Como foi sua experiência como assessor de imprensa?
Durou dois anos. Aprendi bastante mas em resumo foi muito desgastante porque na assessoria de imprensa não existe espaço para a imparcialidade teórica reinante no jornalismo. O papel do AI é enfeitar a imagem da empresa. Cobra-se dele que ajude a manter o faz-de-conta da eficiência, qualidade garantida etc. Na prática, o AI deve ajudar a vender. Eu tinha me formado dentro da idéia de que o jornalista é um missionário da verdade que não pode vender a alma por um punhado de dólares.

Muito bonito. E daí?
Voltei ao jornalismo. Fui convidado a trabalhar na Folha de S. Paulo, que estava fazendo a revolução de 1984. Mas não me enquadrei no ritmo do jornalismo diário de São Paulo. Agüentei lá só 45 dias.

Chutou o balde?
Fui trabalhar na redação da revista Placar, que estava sob a direção de Sérgio de Souza, ex-Realidade. Depois de seis meses, voltei para Ribeirão Preto, agora como frila.

Por que tanta mudança?
Buscava a felicidade. A estabilidade no emprego nunca fez minha cabeça.

Afinal, encontrou o que buscava?
Sim, mas aí tem um problema sério: a felicidade é muito arisca e vive escapando. Concluí que num trabalho – e não num emprego – se devem buscar três coisas: um ambiente humano agradável, uma remuneração digna e a gratificação pelo trabalho realizado. É difícil juntar os três ingredientes no mesmo local, por longo tempo, mas acho que um profissional tem a obrigação de procurá-los e o direito de exigi-los. A coisa começa a desmoronar quando a gente é obrigado a contentar-se com apenas dois dos ingredientes. Quando a gente fica somente com um, é hora de abandonar o barco. Há quem fique num emprego apenas pelo salário, sem se importar com o ambiente de trabalho e a gratificação profissional. Ou quem permaneça no posto porque tem bons colegas ou porque o resultado do trabalho é bom. Pra mim isso é impossível.

Foi então que Você se atirou nos livros-reportagem?
Não, não me atirei. Diria que passou um cavalo encilhado e eu aproveitei a oportunidade. Em 85 o Brasil exportou um bilhão de dólares em suco de laranja. Trabalhei dois anos num livro chamado A Laranja no Brasil, que virou referência como pesquisa histórica e projeto gráfico. Foi gratificante na maior parte do tempo. Um livro permite fazer jornalismo temperado pela história e a literatura. É uma nova dimensão do trabalho do repórter. A gente escreve mais para a posteridade do que para a atualidade.

Você trabalhou numa revista agrícola chamada Guia Rural?
Sim, por três anos. Foi uma bela experiência no final dos anos 80 até o começo da década seguinte. Nessa revista da Abril eu me aprofundei bastante como repórter rural. Mas havia uma coisa errada: eu morava em São Paulo, que não é o melhor lugar para morar. Queria ser correspondente num pólo agrícola. Na redação riam desse meu projeto.

E daí?
Meses antes da revista fechar eu pedi demissão e fui morar numa vila de pescadores a 20 quilômetros de Vitória. Era abril de 1991. Uma seção do Guia Rural chamada Almanaque, que eu fazia, foi “comprada” pela Globo Rural. Foi esse o meu único trabalho no começo da vida no Espírito Santo. Depois pintaram outros frilas. Um deles, em 91, foi um relatório ambiental preparatório para a Eco-92. Outro, um especial sobre a história do Espírito Santo.

Mas o Espírito Santo é do tamanho de Sergipe. Como viver num lugar tão pequeno?
É difícil sobreviver, mas prazeroso viver. Fui levando até ser convidado, em dezembro de 1993, para dirigir um jornal em São José do Rio Preto, cidade de 300 mil habitantes no interior paulista. Fui e realizei o sonho que havia premeditado para Pelotas, quase 30 anos antes.

E por que largou mais esse emprego?
Apareceram dois livros para eu escrever. Quando se tornou impossível conciliar tanto trabalho, larguei o mais chato, que era dirigir a redação do jornal. O livro Filhos do Fogo, de 1996, é a história da indústria metalúrgica de Sertãozinho. O Brasil da Soja, de 1997, é a última saga da agricultura brasileira.

Quando esses livros saíram, o que você foi fazer?
Em 1997, fui trabalhar no governo de Vitor Buaiz, no Espírito Santo. Foi minha única experiência como jornalista em governo. Buaiz, um médico esquerdista, foi eleito pelo PT, mas acabou sendo expulso do partido por fazer uma aliança estratégica com o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.

O que você fazia lá?
Trabalhava como redator de projetos numa agência de desenvolvimento do governo. E também escrevia artigos e discursos para o governador.

Quando deixou esse trabalho no governo, foi trabalhar na Gazeta Mercantil?
Voltei a fazer frilas para revistas como Galileu, Globo Rural e Época. Até que um ano depois, em junho de 1999, pintou o trabalho na Gazeta Mercantil. Voltei a ser um repórter de economia & negócios, mas com uma liberdade de ação que eu nunca tinha tido. Eu bolava uma pauta, escrevia a matéria e o jornal publicava com destaque.

E como foi parar na Gazeta Mercantil em Florianópolis?
Eu estava a fim de voltar para o Sul e me ofereci para trabalhar em alguma sucursal da região. Me ofereceram Caxias ou Pelotas, mas o salário era insuficiente para sustentar a família - mulher e quatro filhos. Assim que recusei, abriu a vaga de editor pleno em Floripa. Mudei para Santa Catarina em março de 2000. Eu achava que tinha conquistado o posto final da minha carreira: ser uma espécie de correspondente de luxo do maior jornal de economia & negócios do país. Ganhava bem, não tinha chefe por perto e não chefiava ninguém. Depois de mais de 30 anos de jornalismo, era a situação ideal para mim. Eu me pautava e fazia matérias especiais que tinha boa acolhida no jornal. Era uma situação anômala. O jornal ia bem, mas a empresa não. Em outubro de 2001 completei três meses sem receber salário e fui procurar o que fazer. Peguei um livro que me sustentou por um ano.

Por que, ao voltar para o Rio Grande do Sul, em 2005, você foi morar em Osório?
Em Floripa a vida se tornou muito cara. Porto Alegre também é uma cidade cara, poluída e complicada. Osório fica na ponta da Free Way, perto do mar, é uma cidade boa para quem trabalha em casa, sem horário. Em vim fazer livros e matérias para o JÁ, um jornal-editora alternativo. Em quatro anos fiz quatro livros para ele.

Quarenta anos depois de formado, o que você pensa do jornalismo praticado hoje? Indicaria o jornalismo como carreira para um jovem?
O jornalismo foi contaminado pelo marketing, que se tornou dominante em tudo, mas eu indico o jornalismo como um bom caminho para quem tem a pulsão da narrativa.

Mesmo ali permanecia aquela idéia de voltar ao Sul profundo. Na verdade, nunca tirei Pelotas da minha cabeça. Tanto que de vez em quando invento uma pauta que me permita voltar à cidade. Sempre com emoção