A recíproca também é verdadeira.
O governo "das mudanças" está num momento altamente propício para realizar grande parte das mudanças nas políticas interna e externa prometidas na campanha. Animadíssimo, aplaudidíssimo a cada frase de cada discurso!
Na política interna, a julgar pelo projeto de orçamento apresentado ontem, deve haver grande alteração na maneira do governo gastar o dinheiro do contribuinte e também haverá um rearranjo no sistema de arrecadação. Uns vão perder, outros vão ganhar. É evidente que nem todos continuarão a aplaudir.
OS QUE PERDEM: os mais bem remunerados, que pagarão maiores impostos ;os produtores rurais com ganhos superiores a US$500mil/ano que terão subsídios reduzidos; as empresas petrolíferas, que terão aumento nos royalties pagos pela exploração.
OS QUE GANHAM: claro que o departamento de Estado, da Hillary, que terá mais recursos para programas de assistência internacional e enfim para mudar o modo como os americanos fazem diplomacia;o setor ambiental, com incentivos para investimento em energia limpa e isenção fiscal;o povo, que vai ganhar o "SUS". Sim, assistência médica para todos os americanos.Nós também ganhamos com o tão almejado corte de subsídios agrícolas.
O responsável é o ex
Nós já vimos esse filme, só que aqui ele tem o nome de "herança maldita".Enfim, o orçamento não deixa de atribuir mais uma vez ao ex-presidente a responsabilidade pelo desastre atual com o que ele chama de “legado de prioridades equivocadas” ou "legado irresponsável" de Bush, ainda mais porque usou o segredo como política administrativa e foi vulnerável aos lobistas.
Héstia Maciel escreve sobre política internacional