terça-feira, 22 de maio de 2012

Azul Celeste inicia circulação pelo Nordeste


Gerrah Tenfuss está no elenco de Território Banal

 Francine Moreno      
     
No Festival Internacional de Teatro de Rio Preto, tem quem queira discutir o universo do próprio teatro. A responsável pelo questionamento é a Cia. Azul Celeste, de Rio Preto, liderada por Jorge Vermelho. O grupo apresenta “Território Banal”, espetáculo que levanta discussões sobre qual a função do artista e como o processo pode apontar o abismo existente entre discurso e prática.

Lançado em setembro do ano passado, o espetáculo tem texto com abordagem metalinguística assinado pela paulistana Marici Salomão. A atriz e diretora Georgette Fadel integra a ficha técnica como “provocadora” do espetáculo. Seu papel foi estimular o grupo a fazer perguntas sobre a própria condição de artistas. O elenco é formado por Gerrah Tenfuss, Kelly Simão, Pedro Gabriel Torres e Ronaldo Celeguini.

“Território Banal” é o 21º espetáculo do currículo da Azul Celeste e fala de uma personagem que precisa comunicar o cancelamento de uma estreia devido a conflitos que envolvem elenco, diretor e técnicos. A partir da personagem, o espetáculo fala sobre o papel do artista, os bastidores, a arte teatral, a hipocrisia e a vida humana”. O trabalho é uma reflexão sobre o fazer artístico ”, define Vermelho.

Circulação

“Território Banal” inicia hoje uma circulação pelo nordeste, válida pelo agenda do Prêmio Myriam Muniz, da Funarte. O espetáculo será encenado gratuitamente em cidades como Santo Amaro da Purificação, Camaçari e Salvador, na Bahia, e Estância, Tobias Barreto e Aracaju, em Sergipe.

Paralelo às apresentações, haverá oficinas de técnicas vocais, ministradas por Vermelho. A circulação pelo Myriam Muniz vai durar 18 dias. Nos próximos meses, o espetáculo passa por cidades de Minas Gerais e São Paulo.

Serviço - Festival Internacional de Teatro (FIT) de Rio Preto. De 4 a 14 de julho. Informações pelo site www.festivalriopreto.com.br .
 
Território Banal

Porque ver - O diferencial do trabalho é a forma como o artista se posiciona diante da sua própria arte. No palco, o ator não está representando um personagem, mas colocando em cena a sua vontade e questionamento sobre a forma de fazer e o que fazer com a arte. É umato performático, em que o um grupo de artistas questiona a própria criação artística e defende uma ideia.

Ponto forte - O trabalho deve agradar o público do FIT, que está disposto a ver novas possibilidades de fazer teatro. O objetivo do espetáculo não é passar uma mensagem, mas tem a função de estimular e tentar fazer perguntas sobre a própria condição de artistas.

Fonte: Diarioweb