sábado, 14 de março de 2009

Espetáculo rio-pretense Abis/OM participa de festivais em São Paulo e Goiânia



O espetáculo Abis/OM, que tem direção e atuação do rio-pretense Gerrah Tenfuss, foi selecionado para participar do 1º Festival Nacional de Teatro de Goiânia-Go e do Festival de Performances São Paulo/Ipiranga. As apresentações acontecem neste dia 14, em São Paulo e no próximo dia 2, em Goiânia.


Abis/OM é o resultado do trabalho de conclusão do curso de Artes Cênicas, da Universidade Estadual de Londrina-UEL. Ele investiga a dramaturgia dos estados corpóreos, ou seja, as possibilidades de transformação das condições psicofísicas do corpo. Segundo Tenfuss, o espetáculo está no limiar entre o teatro e a dança, utilizando os princípios de tempo e espaço do movimento artístico japonês butoh.


O diretor explica que a opção pelo butoh surgiu ao tomar contato com esses princípios em workshops e oficinas realizadas com o grupo Lume Teatro, de Campinas, Tadashi Endo, coordenador Mamu Butoh Center, da Alemanha e Yoshi Oida, ator da companhia de Peter Brook.


Abis/OM é um trabalho solo que busca, por meio de uma linguagem simbólica, silenciosa e contemplativa, descrever as trajetórias de um ser pelos labirintos e abismos da condição humana. A tese de Abis/OM, desenvolvida por Gerrah Tenfuss, faz parte do acervo da UEL.


Ele informa que Abis/OM é um termo de origem sânscrita que significa abismo. É a história do mito homem que se levanta do lodo da terra passando por aspectos animalescos até chegar à condição humana. Nessa condição, se depara com as inúmeras teorias do intelecto atingindo um clímax que o faz retornar a sua origem com a experiência do percurso.


Gerrah Tenfuss faz parte de uma nova geração de atores rio-pretenses, que investiu na formação acadêmica para desenvolver sua arte. Ele cita como parte desse grupo Janaina Ribeiro, Geovana Oliveira, Carol Faria e Bruno Cavalcanti. O diretor de Abis/OM está fazendo pós-graduação na Unicamp, em Semiótica e Análise da Imagem, com o objetivo de aprofundar o estudo da dramaturgia não-linear que o espetáculo adota.


Em seu currículo estão os espetáculos Oblique – A Relatividade de uma Reta, O Avarento, Alice, O Palhaço Era Meu Tio, Concerto para Berrantes e o Pesa-nervos. Gerrah Tenfuss, que também é músico, teve uma participação especial no espetáculo Paraíso Perdido, da Cia Teatro da Vertigem, no Festival Internacional de Teatro de Rio Preto, em 2003.


Ficha Técnica: Concepção, direção e atuação: Gerrah Tenfuss. Produção: Daiane Baungartner. Fotografias: Carolina Alvim. Duração: 40m. Faixa Etária: 14 anos. Gênero: teatro/dança.