terça-feira, 17 de março de 2009

Virando a página

Neste primeiro trimestre de 2009, a grande discussão da cidade é se um vereador mantinha, na legislatura passada, um funcionário gazeteiro e, se mantinha, qual a punição? A discussão se avolumou após o prefeito anunciar sua intenção de nomear esse vereador secretário do Trabalho.

Vamos aos fatos. Funcionário fantasma do Poder Público não é novidade. O senador Antônio Carlos Magalhães, ex-presidente do Senado Federal, mantinha uma. A mãe de um de seus netos, fruto de um relacionamento com o falecido deputado Luiz Eduardo Magalhães, recebia sem trabalhar e recebia muito bem. Muitas vezes, Poder Público é sinônimo de cabide de emprego.
Essa prática, condenável, vem de longe e precisa ter um fim.

Em Rio Preto, Oscarzinho Pimentel (PPS) não inovou. Cometeu um ato condenável e se comprovado precisa ser punido. Já se comprometeu com o Ministério Público a devolver R$ 51 mil que teriam sido pagos ao gazeteiro. Deve receber uma punição na Câmara (caso não termine em pizza), que obviamente não será a cassação de mandato e ponto final. A cidade tem temas mais importantes para que sejam debatidos.

Quanto à decisão do prefeito Valdomiro Lopes de nomear Oscarzinho para a Secretaria do Trabalho, essa é uma questão política. Legalmente, não há impedimento. De um lado, existe uma campanha para que Oscarzinho não ocupe o cargo e, de outro, a insistência de Valdomiro. Quem deve avaliar o que ganha e o que perde com essa nomeação é o prefeito. A decisão é dele.